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Prevenção e Acolhimento: o que o caso de Alícia nos ensina

Atualizado: 24 de set.

O Brasil foi marcado pela notícia da morte de Alícia Valentina, menina de 11 anos, espancada por colegas dentro da escola municipal onde estudava, em Pernambuco. O caso chocou o país e trouxe à tona um tema urgente: como prevenir a violência contra crianças e adolescentes e como agir quando ela acontece.


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No Núcleo Espiral, acreditamos que a transformação começa na prevenção. A partir do nosso Método Espiral, trabalhamos para fortalecer crianças, famílias e comunidades, evitando que histórias de dor se repitam.


O que esse caso revela sobre a violência


Quando uma negativa — o simples fato de uma menina dizer “não” — se transforma em agressão, vemos o reflexo de um problema maior:


●       o machismo estrutural, que ensina meninos a não aceitarem recusas;

●       a dificuldade de lidar com frustrações, comum na infância e adolescência, mas que precisa ser trabalhada;

●       a ausência de espaços de diálogo e prevenção nas escolas e comunidades.


Esse caso mostra que a violência não acontece de repente. Ela é fruto de padrões sociais, culturais e emocionais que precisam ser enfrentados desde cedo.


Como prevenir a violência contra crianças e adolescentes


A prevenção exige ação em diferentes níveis:


1. Educação para o respeito e o consentimento

É essencial ensinar, desde a infância, que o “não” precisa ser respeitado. Conversas sobre limites, igualdade de gênero e empatia devem fazer parte do cotidiano escolar.


2. Formação socioemocional

Ensinar crianças e adolescentes a reconhecer e lidar com sentimentos como raiva, rejeição e frustração é tão importante quanto aprender conteúdos acadêmicos.


3. Olhar atento dos educadores

Professores e gestores escolares precisam estar preparados para identificar sinais de risco: bullying, isolamento, comportamentos agressivos ou frases que revelam desrespeito.


4. Diálogo com as famílias

A prevenção não é responsabilidade apenas da escola. Famílias devem ser parceiras nesse processo, reforçando valores de cuidado e respeito dentro de casa.


5. Espaços de escuta

Crianças e adolescentes precisam ter lugares protegidos para expressar seus medos, dúvidas e dificuldades. Essa escuta é fundamental para evitar que situações se agravem.


O que fazer quando a violência acontece


Mesmo com esforços de prevenção, situações de violência podem ocorrer. Nesse momento, a forma como a escola e a comunidade reagem faz toda a diferença.


●       Dar limites claros aos agressores: é necessário mostrar a gravidade das atitudes, responsabilizando e educando. Não se trata apenas de punir, mas de ensinar sobre consequências.


●       Acolher a vítima e sua família: garantir apoio emocional, escuta ativa e medidas de proteção imediatas.


●       Oferecer apoio também aos agressores e suas famílias: muitas vezes eles também estão expostos a violências ou reproduzem comportamentos aprendidos. Acolher é também oferecer chance de mudança.


●       Trabalhar coletivamente com a comunidade escolar: rodas de conversa e atividades coletivas ajudam a transformar o caso em aprendizado, fortalecendo os vínculos de proteção.


O papel do Núcleo Espiral


No Núcleo Espiral, acreditamos que cada situação de violência pode se transformar em oportunidade de reflexão e mudança coletiva.


Nosso Método Espiral atua em três dimensões:


●       Pessoal – fortalecendo crianças e adolescentes em sua autoestima e competências emocionais;

●       Familiar – aproximando e apoiando famílias como redes de cuidado;

●       Comunitário – preparando escolas e organizações para prevenir e acolher com responsabilidade.


Quando acolhemos de maneira firme, justa e cuidadosa, mostramos que a violência não é aceitável, mas também que é possível aprender e agir de outra forma.


O caso de Alícia não pode ser apenas lembrado como uma tragédia isolada. Ele precisa ser um chamado à ação: prevenir a violência é urgente, e acolher com responsabilidade é fundamental.


Cada criança merece crescer em paz, em segurança e com respeito. E essa é uma tarefa que precisa ser compartilhada entre famílias, escolas, comunidades e toda a sociedade.


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