

TRANSFORMARTE MANDALAS
Unindo as artes plásticas ao trabalho do Núcleo Espiral de prevenção e combate à violência, o projeto contará com oficinas que incluem arte, pintura, brincadeiras, mas também com a ação da escuta ativa e do diálogo para que crianças possam desenvolver resiliência, autonomia e habilidades de reconhecimento de sentimentos e angústias. Trabalhando desse modo, as experiências vivenciadas ao longo do projeto ajudarão a dar outro significado aos traumas e impactos socioemocionais causados por situações de violência vividos por essas crianças.

O projeto também visa desenvolver, o diálogo e o respeito, tendo a arte como forma de expressão e conexão, refletindo através dela, acerca da influência que podemos ter nos espaços que habitamos. Possibilitando assim, através de um trabalho construtivo e coletivo, uma nova visão de arte, de mundo, e de sua própria participação social, propiciando uma sensação de pertencimento e um vínculo direto com o cotidiano.
Ao final, será produzido um graffiti coletivo que represente o grupo e a relação deles com o espaço que habitam. Além disso, ofereceremos atendimento clínico individual para crianças selecionadas ao longo do projeto que precisem deste acompanhamento.
Objetivos do projeto
O principal objetivo do projeto é desenvolver habilidades de resiliência para prevenir e atender vítimas de violência, despertando o potencial de protagonistas transformadores de histórias individuais e coletivas. Pautamo-nos na ética, na confiança, na dignidade e no respeito humano para promover uma cultura de não violência.
O projeto também contribui para o atingimento das metas constantes no "VII Relatório Luz da Sociedade Civil sobre a Implementação da Agenda 2030 no Brasil", onde registrou-se um retrocesso nas ações do combate à violência infantil.
No relatório de 2023, podemos avaliamos que até junho de 2022, o Disque 100 recebeu 197.401 denúncias de violência contra crianças até 9 anos, contra 186.862 no ano anterior, com a maioria dos casos ocorrendo no ambiente doméstico e contra vítimas pretas ou pardas. No caso de números sobre vítimas de tráfico de pessoas no Brasil em 2022, não há dados oficiais, mas entre janeiro de 2020 a junho de 2021, foram registrados 301 casos, 50,1% tendo como vítimas crianças e adolescentes.
Desta forma o projeto colabora para o atingimento das metas da Agenda 2030 no Brasil na ODS 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes.

Como funciona na prática?
O projeto pode ser realizado em diferentes durações: 2 meses, 4 meses, 6 meses ou em mais de um ciclo, com possibilidade de continuidade conforme o vínculo estabelecido com a instituição parceira.
A cada ciclo, atendemos grupos de até 10 crianças (podendo ter mais de um grupo por instituição), possibilitando o acompanhamento individualizado e o fortalecimento dos laços dentro do grupo.
Os encontros são semanais, com duração média de 1h30, e visam ativar fatores de proteção, ampliar o repertório emocional das crianças e construir uma nova perspectiva sobre o compromisso individual na prevenção da violência.
Além dos encontros com as crianças, o projeto também prevê:
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Um evento de encerramento aberto para familiares, educadores e comunidade;
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Vagas para atendimento psicológico breve, oferecidos ao longo do ciclo de trabalho (quantidade a ser definida conforme quantidade de participantes);
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Impacto indireto em educadores e familiares, fortalecendo a rede de proteção da criança.